Sangue Novo
Boca Amarga
Buraco que abre nosso caminho
Nasce o atraso ou abre uma brecha?
Faça analise sobre o que se computa
Mas, você sabe, o que nos somos?
Somos pétreas
E nessa história quem ta no volante?
Por que nos é falado como coisa que não interessa
E seu cabelo não te agrada,
Pinte, corte ou deixe crescer.
Pode ficar muda, não tem que ser palavra
pois quando é palavra, não agrada,
Pois é tão chata a sessão da analise.
Parou pra falar com quem te interessa
Fenda que corta o nosso destino
Quem nos atropelou?
Pinte, corte ou deixe crescer
Mas você sabe o que somos?
Algo que sempre é falado
E então é um atraso ou uma brecha
Somos só estranhos no ninho.
(Sexto Caderno da Sabedoria, 08 de Janeiro de 2000)
Fonte da foto: http://x-x-ana-sofia-x-x.skyrock.com/
Reza pro sol
Se é pra ficarmos parados esperando a noite
Deixe nos usufruir o brilho da Lua
Somos mariposas
No medo do escuro, procuramos a Luz
se a vida é uma ferida somos a pus.
Deus Perdoe os porcos,
Vida corroída,
somos como o Tétano
escondido nas ferragens.
Olhai pelos depressivos
Que se mutilam nas sombras
Pra ver se o que há em sua tripas é feito do mesmo material de que são feito a felicidade.
Isto é só coma alcoólica
após um suporto dia perfeito
E não culpem os outros
caso (agora) esteja se sentindo tão mau.
(06/03/2000 - Do Sexto Caderno da Sabedoria)
Okçuluk e D'k tahg
Como pode coexistir amor e ódio
Dentro da mesma caixa de Luz
Numa proporção equilibrada
Fornecendo o poder de Sermos soldados de ambas as forças
Eu não acredito no puro
Nem mesmo no podre
No final, sou eu que me curo
No assunto não a mais estou “a par sobre”
No fundo estou lá no fundo
Vontade, sem isso o que vale?
Não há graça nenhuma em ser arrastado
Não há nada que vem de graça
E nem sempre se paga apenas com a vontade
Eu lutarei contra todos
Todos que sejam contra mim
Porque nascem hoje sem vontade
e lutamos contra essa doença.
(Do Sexto Caderno da Sabedoria, 04/03/2000)
Por Sorte
A Falta do fardo é o fato
A Pauta do pardo é o pato
O Cavalgo do cavaco é a craca
A Causa do caso é o crato
O talco da toca eu trago
A Malta do mato é o marco
A tabua do tabaco é a Taba
O Assalto do Saco é o salto
(Tiago Malta - Sexto Caderno da Sabedoria - 04/03/2000)
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