Fluência, manifesto poético pró Malkaviano


Se me chamares na minha casa
Para contar novas notícias
Do pasquim da depressão
Eu baterei a porta na sua cara.

Minha biga esta cansada dos velhos Shires
Preciso de Cavalos Árabes
Para atravessar essa seca
E chegar em Pasárgada.

É engraçado o medo que uns têm de pular o muro e continuar a jornada.

Calmaria?!?!?!
Foda-se a calmaria!!!
Prefiro o caos amigo que há de salvar meus versos.

Prefiro que meus olhos revirem
Minha boca gargalhe
Em vez daquela estática.
Não cheguem perto poetas medrosos
Estou cansado das mesmas notícias
Disfarçada de poemas baratos
Com as mesmas estrofes
Tétricas e obtusas.

Criando novos versos
Destruirei velhos sonetos
(os em formação são bem vindo)
Para que a nova poesia surja
Extinguindo a métrica nunca alcançada
(as uvas estão verdes)
Alcançarei a todos.


(Tiago Malta, Sétimo Caderno da Sabedoria - Rio de Janeiro, 11 de Fevereiro de 2002)

Nenhum comentário:

Postar um comentário