Geradores Gerados



Sou apenas o produto de uma reação
De outros produtos
Porém Somos mais que isso

O futuro é dos nossos filhos
Novas fábricas geradoras
Geradas de geração em geração

A energia vem da esperança
Esperança que nossos filhos vivam melhor
sou máquina, sou bio-cyberpunk

(Do quinto caderno da sabedoria, 08 de outubro de 1999)

Olhos das Trevas


Olhe o céu, veja algo a te observarEntre as nuvens-fuligens
Em cada poça de lama abriga um mau
Ele se esconde por aqui e nos observa

Esta a cima de nossos ombros
Esta na luz, no sentido, na palavra
Em qualquer coisa que possa alcançar nosso coração
Abalando nosso demônio,
Despertando nossa besta.

Tenha medo de sair
O Demonio esta na arma
Quem atira também é vítima

Ele esta feliz,
Pois sabe muito bem onde estamos indo.
Adeus dia perfeito
Vou ao meu inferno astral pra ver se pego minha tristeza
E me liberto desse mundo idiota.


(08 de Outubro de 1999)

Poema feio para 12 de Novembro


Vai
Se esconde que é mais facil
Enquanto isso recolho tudo que o que é meu
Meto o pé.

Érro e piso torto
Mate uma Pessoa
Lave bem as mãos
Essa é a tua fuga
O ar esta frio e o quadro é pequeno
e eu quero é Mais.


Epilogo:

é isso,
Não deixem lhe tocarem
esqueça algo que nunca te contei
nesse instante acho estar sentindo amor.

(Do Quinto caderno da Sabedoria - 08/10/1999)

Veng mIghtaHghach


Metro a metro um homem poliniza os espinhos
os espinhos estão se alastrando
o homem cria seu vespeiro

livre-se
                       (Circulo vicioso)
Não se orgulhe
Foge!!!
                           (De um lado pro outro)
Cuide-se
Saia daqui
                                           (Cadeia Alimentar)
Procure a Cidade de Cristal

Foge do espinho comum
a cidade dos lixos, das sucatas, dos entulhos
Olhe nos meus olhos
e me diga pra não sorrir.

(Do Livro Cidade de Cristal e outras Historias, 07 de Outubro de 1999 )

Lembranças Esquecidas poema de Tiago Malta





É tão bom quando sonho estar na praia com a família
(...)
Mas que família?
Que praia?
Que casa de praia?


É aquela que não volta mais
Já nem me lembro do que não quero lembrar:
Avós, primos, tios e padrinhos


A Cabeça doí, os olhos pesam
tudo isso me corroí
é melhor enterrar,
Pois isso fede
pra não me ver lembrando
vou engolir o grito e chorar baixinho


Não sei se os presentes tem a noção do que da pra fazer com um ser ainda em formação
E é obrigado a entender pra não viver sufocado.
(...)
Não entende, é Sufocado e por isso morre cedo.


(Tiago Malta - Do Quinto caderno da Sabedoria - 02/10/199)