A Mascara (1º Ato) Ex-Soneto



A Sua mascara caiu vendo o seu próprio rosto
você nem se lembrava de como ela era
e não é nada que disse ser
Não é feia e possui o inverno nos olhos.


A sua mascara caiu
Fazia parte do seu medo
Mede de aparecer e falar o que sente


Atras da mascara-inverno
seus olhos castanhos parecem flores desabrochando


Sua boca fria
sua boca transfigura para lábios quentes
Mas ainda tem receio de deixar o velho mundo para trás




(do quinto caderno da sabedoria - 16/09/1999)

Todos nós que já se foram - segunda parte poema de Tiago malta





Faz tempo que vi alguns amigos
foram para outra historia
Tem gente nova caminhando com a gente


Para o homem que varre a areia contra o vento

Vem gente nova querer mudar


Agenda de Atividades
20:00 as 2:00 - Inverno
2:00 as 8:00 - Primavera
8:00 as 14:00 - Verão
14:00 as 20:00 - Outono
Todas as estações passam em um único dia


Você já viu gente aparecer na sua frente?
Nos teus braços alguém apaga,
vai ficando transparente
e não rola uma única lágrima


No horizonte as pessoas já se foram
estão nos seus devidos ninhos
alimentado sua prole.




(15/09/1999 do quinto caderno da sabedoria)

Poesia de Abertura dos Dias Amargos


Qual o Demônio que habita seus olhos?
Qual a Besta que te corrói por dentro?
Começou a semana mais longa da Terra
Em meados dela já começou a perder a fé nas pessoas
E comecei a desacreditar na boa forma.

Ter de ficar de fora, sem o tempo
Queria parar...

A Carne é transparente
Mas é fácil perceber o que nela habita
O mau não é você
E nem ao menos te pertence
O mau tenta apenas acompanhar o meio.

Dormindo não sinto nada mais
É a mesma coisa que morrer
(Blasfêmia)
Eu não sei o que é morrer
Só sei que escurece tudo
Desejo apenas que as horas passem
Para que eu possa sair dessa semana
Deixando pra traz o inferno astral
E sem receio ou anseio só quero que isso acabe.

(15/09/1999 do Quinto caderno da Sabedoria)

Tênebras


(...)
Vejo por alguns segundos a outra realidade que existe no lado escuro

Olho para um céu azul escuro com suas nuvens deturpadas
que só deixa passar o brilho dos trovões

Aqui é a Terra das sombras
é o lar de Desespero
o canto dos desajustados

Tentam me empurrar buraco abaixo
quase conseguem

A maldade esta na ponte que liga estes dois mundos.

(Tiago Malta - 15/09/1999 - Do quinto caderno da sabedoria)